quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Um dia daqueles...


Vou escrever sobre os meus cães.

Decidimos levar as “meninas” na veterinária para uma eventual consulta e avaliação odontológica. Estava marcado para as três horas da tarde. Saio da faculdade mais cedo, almoço em casa e penso comigo “A Alexia está imunda a veterinária vai desmaiar se chegar perto dela” Lá vou eu preparar os 300 acessórios para dar banho em uma vira-lata de 16,6 Kg que lembra vagamente o aspecto externo de um Border Collie. Bom, sempre esqueço algo: shampoo, condicionador, secador, perfume, toalhas, pasta de dentes, gel para limpeza de orelhas...etc etc...e lá se vai uma hora do meu lindo dia. Chego à conclusão que estamos atrasadas. São somente 14:20 e a consulta estava marcada para as 15:00 horas, deveríamos chegar no bairro Cabral no Hospital Veterinário da UFPR que é relativamente longe sendo que minha mãe não sabe dirigir em Curitiba e eu só uso o bom senso e leio as placas de indicação. Bom a Alexia impecável e eu com dor nas costas, cara de louca e totalmente molhada pelas suas eventuais sacudidelas. Com a Raisha (a yorkshire propriamente dita) é mais fácil, somente ajeitar o topete e colocar um perfuminho. Coloco a guia nas duas, forro o banco de trás com um edredom grosso e coloco as duas ali sentadas. Que lindas bonitinhas e bem comportadas. Parece que se amam. Dirigimos até lá. Durante a consulta a Raisha se transforma na exorcista (só faltava virar a cabeça 180º) e impossibilita um exame acurado de sua dentição. Mas mesmo assim precisa de limpeza. O coração daquele ser peludo de 2,4 Kg dispara, parecia que ela ia explodir. Solto ela que imediatamente produz um lago de urina no chão do consultório. Vamos limpar. Com a Alexia é mais tranqüilo. Marco o exame de sangue e o procedimento de limpeza para as duas. Descubro que tem uma veterinária especialista em gatos. Marco consulta para a Morgana (afinal eu tenho uma gata com insuficiência renal crônica cuja veterinária anterior lavou as mãos para o caso). A volta sempre é mais tranqüila de novo coloco as duas no banco traseiro, sentadinhas, juntinhas, comportadas e lindas. Tudo parecia estar fluindo divinamente. Escuto um barulho estranho de regurgito misturado com o som de um engasgo ou mesmo um pigarro. A Raisha pula para o banco da frente apavorada como quem diz “Me tira daqui”.

- Mãe a Alexia está vomitando!-

-...- continua seriamente na direção.

- Mãe a Alexia acabou de vomitar!-

- Vomitou muito?- pergunta alarmada. Olho para trás e me espanto com a quantidade de ração semi-digerida Golden Premium Light espalhada sobre o edredom formando uma generosa montanha marrom.

- Não. Quando a gente chegar em casa eu limpo com uma pá!-

E assim se sucedeu. Quem disse que as crianças não dão trabalho. Mas ouvir que elas são muito bem cuidadas não tem preço.

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