sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Sempre tenho a impressão de estar esquecendo alguma coisa...



Sempre tenho essa sensação e geralmente ela está certa...
A pergunta é óbvia: O que levar para o campo?
Coisas básicas:
* chapéu rídiculo,
* calças camufladas que já sabem andar sozinhas,
* canivete para matar possíveis agressores,
* água potável para evitar giardíase ou outras complicações,
* rede entomológica,
* boa vontade,
* repelente,
* alcool,
* acetato de etila para matar insetos (não para usar como droga por favor não interprete mal),
* recipientes para acondicionar insetos...
.
.
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E assim vai...
Só estou postando todas essa droga porque estou muito nervosa, talvez por uma ida a Amazônia ter sido um sonho de adolescência (note: enquanto as meninas convencionais pensavam em namoros convencionais ou no que sairia na capa da próxima Atrevida eu me imaginava explorando a Amazônia...CREDO) ou ser um sonho de todo o biólogo.
Enfim voltando ao assunto
o que eu preciso levar?
(Andressa segue enumerando coisas com aquela sensação de estar esquecendo algo)...
FIM

sábado, 1 de agosto de 2009

Fatos casuais baseados em história real...


Um sábado qualquer. Um ônibus qualquer seguindo seu roteiro pré-estabelecido e monótono. Uma parada atrás da outra, a voz mecânica repetia as mesmas instruções para os passageiros acerca de depredações e fatores similares a cada tubo que atingia. Eles haviam se acomodado no ultimo banco, os três juntos: Urso, Fumo e Onun. A quantidade mínima de vinho que Fumo havia bebido deixara seu cérebro em um estado de semi-torpor involuntário. Naquele momento limitava-se a olhar para Urso enquanto a vida lhe era semelhante a um grande morango vermelho, carnudo e perfumado. Devaneios após devaneios. Algum maloqueiro sujo e mal cheiroso cantava uma música desconhecida composta por versos incompreensíveis para a raça humana normal. Fumo resolveu falar alguma coisa, sem pensar que talvez suas palavras resultassem numa reação pouco comum por parte de Urso: um soco, uma resposta ríspida ou alguma outra forma de implicância pouco convencional.
- E as vozes?- pela sua expressão poderia estar curiosa.
- Continuam em seu devido lugar. - respondeu como se aquilo fosse extremamente normal.
- Mas elas costumam ficar sempre ai?-
- Na maioria das vezes. -
- Elas mandam você fazer coisas?-
- Mandam. - olhou para frente enquanto piscava e notava algum passageiro deixar o veículo. – O tempo todo. - continuou.
- Mandam você fazer coisas ruins?- agora realmente demonstrava curiosidade, sua noção de bem e mal sempre fora conturbada e ultimamente este fato estava cada vez mais aparente.
- Às vezes. - respondeu como se estivesse na panificadora pagando o que havia requisitado ao padeiro.
- E você executa essas ordens?- seus olhos se arregalaram, a pupila levemente dilatada. O silêncio reinou entre eles. Onun parecia estar em outro plano. Fumo continuava interessada e Urso utilizou seu dom de conseguir ficar mudo e não esboçar nenhuma reação visível aos olhos dos mortais permanecendo em um silêncio meditativo.
- As vozes já pediram que você me matasse?- a voz embargada seguida pela vontade de saber e conhecer a verdade.
- Ainda não. – ele disse por fim.
Talvez ficou com um sentimento de culpa ao refletir sobre a conversa. Isso nunca iríamos saber. Olhou-a novamente, desta vez sorrindo, o que a deixou aliviada, pois ela sentia-se mais confortável quando ele estava sorrindo
- Que conversa de louco.-
- Vou escrever isso.-